A exposição Cidade Palimpséstica acontece no Centro Cultural UFMG, dentro das programações do Festival de Inverno, bem como no Espaço Cultural da CBTU, localizado no interior da Estação Central do Metrô de Belo Horizonte. A mostra também localiza-se no corredor Aarão Reis da Estação Central, além das estações Eldorado, Gameleira, Lagoinha, São Gabriel, Minas Shopping e Vilarinho.
A curadoria foi realizada pelos alunos do curso de graduação em Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob orientação da professora Verona Segantini (EBA/UFMG). A exposição contou ainda com a colaboração dos docentes Ana Cecília Rocha Veiga, Jezulino Lúcio Mendes Braga, Jussara Vitória de Freitas e Luiz Henrique de Assis Garcia.
Apresenta uma seleção de fotografias de Belo Horizonte, realizadas entre as décadas de 1960 e 1970, que compõem o acervo do Laboratório de Fotodocumentação Sylvio de Vasconcellos, da Escola de Arquitetura e Design da UFMG (LAFODOC). As imagens foram captadas pelos fotógrafos Archimedes Correia de Almeida, Gui Tarcisio Mazonni e Marcos de Carvalho Mazonni.
Para estabelecer a interlocução entre o acervo do LAFODOC e Belo Horizonte, 113 fotografias são expostas em formatos variados, através das quais o visitante poderá perceber as alterações espaciais da paisagem urbana, experimentadas pela cidade ao longo da sua história.
Essas transformações recorrentes, sobrepostas ao traçado original idealizado pela Comissão Construtora da Nova Capital, estabeleceram um contraste entre a cidade projetada e aquela que foi sendo habitada.
Entre demolições e reconstruções, o constante movimento arquitetônico formou um palimpsesto urbano, cujas consequências das intervenções são múltiplas. Algumas delas podem ser conferidas nos quatro eixos norteadores da exposição: Palimpsesto, Espaçamentos, Construir e Habitar.
Neles será possível perceber o crescimento populacional de Belo Horizonte, o processo de verticalização, o aparecimento de bairros e favelas, os estilos arquitetônicos, as técnicas construtivas e a metropolização, que repercutiram e ainda repercutem na composição espacial e social citadina.
Algumas imagens contemporâneas foram produzidas como releituras, possibilitando ao visitante perceber essas transformações. Todas as fotografias passaram por um cuidadoso processo de pesquisa e investigação, o que permitiu, inclusive a identificação das edificações que estão ali representadas.